Respirar é fundamental para a existência. Nossas células não conseguem ficar mais de 3 minutos sem oxigênio. Tudo certo. Agora imagine que o corpo humano tem aproximadamente 10 trilhões de células!
Como o oxigênio sai dos pulmões e chega em cada uma destas células, em questão de segundos? O sistema de “transporte” deve ser totalmente eficaz. E de fato funciona muito bem. Os responsáveis por este “transporte” são os glóbulos vermelhos do sangue, também chamados de hemácias. Estes glóbulos chegam no pulmão onde captam, como “imãs”, ávidos, a molécula de oxigênio e a transportam para as células. Dentro da célula, o oxigênio e a glicose constituem a matéria-prima para a produção da energia vital que permite o funcionamento de cada órgão e, portanto, de cada sistema do organismo humano. Tudo funcionando na mais precisa sincronia e ritmo, dia após dia, noite após noite!
E o ferro da alimentação, onde entra neste processo? Aí é que está. O ferro é fundamental para a formação dos glóbulos vermelhos. Sem ferro não “construímos” os glóbulos adequadamente. Ficam pequenos e ineficientes. E sem glóbulos vermelhos em número e em qualidade adequados não há boa oxigenação dos órgãos. Resultado: sem oxigênio, as células não funcionam e não produzem como deveriam.
Os sintomas são inevitáveis: cansaço, irritação, sonolência, inapetência e mal estar. O sistema imunológico fica mais fragilizado, deixando as pessoas mais suscetíveis às doenças. Mais importante: crianças com anemia por deficiência de ferro tem reconhecidamente menor desempenho escolar. A capacidade cognitiva das pessoas, em todas as idades, fica afetada. O rendimento no trabalho diminui e pode aumentar em até 20% após o tratamento adequado.
A anemia por deficiência de ferro é um distúrbio nutricional que cresce de forma preocupante em muitas regiões do mundo, inclusive no Brasil. A Organização Mundial de Saúde estima que até 2 bilhões de pessoas no mundo – o que significa aproximadamente 30% da população mundial- pode ter anemia por falta de ferro.
Por quê a anemia cresce, mesmo em países desenvolvidos? Porque a nossa alimentação atual, de uma forma geral, contem uma densidade muito baixa de ferro. Isto é essencialmente importante em crianças em fase acelerada de crescimento e em gestantes, onde a anemia se associa a 40% dos óbitos fetais.
A boa notícia é que há tratamento que cura este tipo de anemia. Mas a melhor notícia é que ninguém precisa passar por isso. Basta ter uma alimentação regrada e saudável, que contenha alimentos ricos em ferro como verduras verdes, carnes, gema de ovo ou feijão, por exemplo.
Não deixe a energia de seu corpo “escapar”. Alimente-se bem, respire e...saúde!
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/1.html