Qual a mulher que nunca ouviu de uma amiga, parente, vizinha ou colega de trabalho, alguma queixa sobre o intenso fluxo menstrual, ou sobre sua irregularidade? Sendo ainda mais precisa, quem nunca ouviu uma pessoa próxima falar de mioma? Bom, muito temidos entre as mulheres, talvez pelo desconhecimento ou por se caracterizarem como uma doença, são os miomas, tumores benignos (não cancerosos) que atingem o principal órgão ginecológico feminino: o útero.
Eles surgem a partir de características hereditárias (passadas de geração a geração familiar) da própria mulher. Por isso, é bom ficar atenta ao histórico de saúde das mães e irmãs, verificando se elas têm ou tiveram miomas. Nesse caso, há uma grande chance de o quadro se apresentar. Isso quer dizer que não há comportamento ou atitudes preventivos para se evitar o aparecimento dos miomas.
O mioma tem tratamento. Este pode dar-se de forma clínica, ou seja, com o uso das medicações adequadas, normalmente por meio de medicamentos hormonais.
O que se faz hoje é uma detecção precoce da existência desse tumor, muitas vezes antes mesmo de ocorrerem os sintomas que, normalmente, são sangramentos abundantes, menstruação irregular, dificuldade de engravidar – o que vai depender do local desse mioma. Então, mesmo antes de a paciente apresentar esses sinais clínicos, nós conseguimos detectá-lo através da ultrassonografia e do exame ginecológico de rotina.
O mioma tem tratamento. Este pode dar-se de forma clínica, ou seja, com o uso das medicações adequadas, normalmente por meio de medicamentos hormonais. Em casos mais graves, também podem ser realizadas cirurgias para a remoção desse tumor, através dos seguintes procedimentos: miomectomia quando os miomas são retirados através de corte no abdômen, seguido de cortes no útero ou de um pequeno orifício de 10 mm, onde é introduzido um instrumento chamado videolaparoscópio; histeroscopia, que é a remoção dos tumores, por via vaginal e histerectomia – via abdominal com a retirada total ou parcial do útero.
CURIOSIDADE
Uma questão que devemos observar é que os miomas são mais comuns em mulheres negras, cuja taxa de ocorrência é três vezes maior. Outros pontos também podem ser observados como a ocorrência em mulheres no período fértil, obesas, que nunca engravidaram e as que ingerem grandes quantidades de carne vermelha.
Para tranquilizar, é bom frisar que o mioma não se trata de um tumor maligno. O risco de malignidade é bem pequeno. No caso de ser identificado, o que se deve fazer é acompanhar para decidir sobre a necessidade tratamento e, se assim for, optar pelo mais adequado.
Fonte: Márcia Cunha / CRM BA10923.