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Reabilitação Neurológica
Reabilitação Neurológica

A interrupção aguda do fluxo de sangue em alguma parte do cérebro pode provocar dano e levar ao acidente vascular cerebral (AVC). Obesidade, consumo de álcool, fumo, colesterol alto e diabetes são fatores de risco para a doença, porém, ao serem evitados ou controlados podem reduzir o seu risco. Embora a taxa de sobrevivência após o AVC tenha melhorado, é sabido que cerca de 90% dos pacientes permanecem com alguma limitação na realização de alguma função, incluindo a perda do controle muscular em um dos lados do corpo (hemiparesia), dor, equilíbrio comprometido e quedas frequentes, o que influencia negativamente na recuperação da habilidade em executar as atividades de vida diária e instrumentais. Esses problemas, além de afetar sua independência, aumentam a necessidade de cuidados. A melhora e a manutenção do nível de recuperação da mobilidade estão entre as metas principais de reabilitação nessa população.

A reabilitação fisioterapêutica é uma das partes mais importantes do tratamento. Deve ter início precocemente, nos primeiros dias após o AVC, ainda no hospital, e, posteriormente, ter continuidade em uma unidade especializada com uma equipe apta ao atendimento de pacientes com doenças neurológicas. A Clínica Avançada em Fisioterapia (CAFIS) é um espaço que dispõe de atendimento fisioterapêutico ambulatorial em diversas áreas, inclusive na área neurológica. Os atendimentos ambulatoriais são realizados por alunos do curso de fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e por profissionais fisioterapeutas. Os alunos, sob a supervisão de professores da referida instituição, realizam avaliação e atendimento nesses pacientes buscando favorecer sua recuperação funcional e promover sua integração familiar, social e profissional.

É a partir da avaliação fisioterapêutica que se determina o diagnóstico funcional do paciente, ou seja, as funções comprometidas e os fatores envolvidos. Com esses dados, o fisioterapeuta estabelece o plano de tratamento e, de acordo com as demandas funcionais do indivíduo, diferentes condutas são realizadas, incluindo manuseios de tronco, alongamentos e fortalecimentos musculares, treino de estratégias de equilíbrio, bem como das atividades funcionais específicas. Como exemplo, subir e descer escadas, levantar de uma cadeira, o alcance e manipulação de objetos e as tarefas relacionadas à locomoção.  Entre os recursos disponíveis na CAFIS estão as bolas suíças, rolos de posicionamento, faixas elásticas, tábuas e balanço de propriocepção, cama elástica, bancos de alturas reguláveis e a piscina terapêutica.

"É a partir da avaliação fisioterapêutica que se determina o diagnóstico funcional do paciente, ou seja, as funções comprometidas e os fatores envolvidos."

Além disso, o atendimento ambulatorial dos alunos ultrapassa a assistência na clínica-escola, acreditando que o processo reabilitativo não se restringe apenas a esse momento. A família, o cuidador, o próprio paciente e o ambiente domiciliar interferem nesse processo. A visita domiciliar faz parte da reabilitação e é considerada uma continuação da atuação fisioterapêutica, assim como as orientações e intervenções ambientais de acordo com suas necessidades e o distúrbio neurológico. O objetivo das visitas é ressaltar a importância da assistência fisioterapêutica, além do ambiente ambulatorial e orientar o paciente dentro da sua realidade social.

A visita consta de uma avaliação ambiental e do impacto que esse ambiente exerce nas limitações físicas do paciente. É dividida em dois momentos: o primeiro lida com a acessibilidade do exterior da habitação e o segundo envolve uma avaliação do interior do domicílio e as possíveis adaptações que vão contribuir e acelerar o processo da reabilitação. Os alunos fazem uma análise descritiva do local, verificando barreiras e facilitadores. Em seguida, ocorrerão as sugestões e possíveis intervenções ambientais de acordo com as possibilidades e a aceitação do paciente e da sua família. 

As informações obtidas a partir de uma avaliação ambiental são um importante fator na facilitação da transição do paciente desde a clínica de reabilitação até sua casa e comunidade. As avaliações ajudam na determinação do nível de acesso do paciente, sua segurança e funções no âmbito dos componentes específicos do ambiente. A atuação fisioterapêutica pode ser desenvolvida em todos os níveis de atenção à saúde, incluindo a visita domiciliar, favorecer sua recuperação funcional, e promover sua integração familiar, social e profissional.